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Oncologia

O câncer é considerado uma doença crônica, sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo. O tratamento para os diferentes tipos de neoplasias se dá através de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, podendo ser usadas em conjunto, variando apenas quanto à vulnerabilidade dos tumores em relação a cada uma das modalidades terapêuticas e a melhor sequência de sua administração. De modo geral, os efeitos dessas modalidades de tratamento agem no aumento da atividade de citocinas ocasionando alterações metabólicas, neurológicas, esqueléticas e/ou musculares. 

 

Devido ao seu crescimento invasivo com destruição das estruturas anatômicas vizinhas, as diferentes neoplasias podem apresentar efeitos adversos em funções importantes, incluindo deglutição, mastigação, respiração e fala. Desta forma, podem influenciar profundamente na qualidade de vida dos pacientes. O tratamento do câncer pode deteriorar significativamente essas funções. As modalidades de tratamento, sozinhas ou combinadas, podem resultar em lesões teciduais, cicatrizes extensas, além de mudanças anatômicas e na função dos órgãos envolvidos.

Complicações orofaciais, orofaríngeas e cervicais advindas do tratamento com radioterapia ou quimiorradioterapia são frequentes em pacientes oncológicos. O fonoaudiólogo atua nestes casos, visando a prevenção, orientações, diagnóstico funcional e terapia. Tanto no pré, durante e/ou pós-tratamento de reabilitação oncológica, os pacientes podem apresentar alterações em quaisquer das funções citadas. É competência fonoaudiológica avaliar, identificar, diagnosticar as sequelas decorrentes do tratamento e intervir visando à melhora das funções orofaciais desses pacientes.

Os principais efeitos agudos que podem ocorrer durante o curso do tratamento radio-quimioterápico são: mucosite, odinofagia, disfagia, esofagite, disfonia, xerostomia, alteração do paladar, radiodermite, broncopneumonia aspirativa e perda de peso.

Portanto, o foco da reabilitação fonoaudiológica é direcionado às sequelas dos tratamentos utilizados para o combate ao câncer e não à doença em si. O fonoaudiólogo tem o papel de auxiliar a mobilização natural do organismo do próprio paciente, desenvolvendo mecanismos compensatórios, possibilitando a recuperação da melhor condição possível para desempenhar as funções de mastigação, deglutição e fala.

 

A otimização do desempenho dessas funções é essencial para a deglutição e comunicação oral, com vistas para a melhora da qualidade de vida destes indivíduos.

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